A gestão de riscos psicossociais tem ganhado destaque nas agendas corporativas. O que antes era visto como um tema “soft” do RH, hoje é reconhecido como um componente essencial para a sustentabilidade, resiliência e sucesso organizacional. Essa mudança de percepção reflete a crescente compreensão de que a saúde mental dos colaboradores está diretamente ligada ao desempenho empresarial e ao cumprimento de padrões internacionais de excelência.
Mais do que uma exigência legal, a gestão eficaz dos riscos psicossociais é uma estratégia integrada às Normas ISO, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e aos critérios ESG (Ambiental, Social e Governança).
1. Normas ISO: Gestão sistêmica e prevenção estruturada
- ISO 45001 – Saúde e Segurança Ocupacional: Reconhece explicitamente os riscos psicossociais como perigos que devem ser identificados, avaliados e controlados. Estresse, burnout, assédio e sobrecarga são tratados como ameaças à saúde dos trabalhadores.
- ISO 31000 – Gestão de Riscos: Oferece um framework para tratar riscos de forma sistemática e proativa, incluindo os psicossociais, com foco em prevenção, monitoramento e comunicação.
Empresas que integram esses riscos aos seus sistemas de gestão elevam seu padrão de segurança, reduzem custos com afastamentos e fortalecem sua sustentabilidade.
2. ODS da ONU: contribuição real para o desenvolvimento global
A gestão de riscos psicossociais contribui diretamente para:
- ODS 3 – Saúde e Bem-Estar: Prevenção de doenças mentais e promoção de ambientes saudáveis.
- ODS 5 – Igualdade de Gênero: Combate ao assédio e à discriminação, promovendo equidade.
- ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico: Eliminação de condições de trabalho nocivas e promoção de ambientes produtivos e inclusivos.
- ODS 10 – Redução das Desigualdades: Criação de ambientes que acolhem grupos vulneráveis e promovem inclusão.
Ao atuar nesses pontos, a empresa se posiciona como agente de transformação social e econômica.
3. Critérios ESG: O Coração do Pilar Social
- Pilar “S” (Social): Avalia como a empresa cuida de seus colaboradores e colaboradoras, promovendo ambientes justos. A gestão dos riscos psicossociais é um indicador-chave de performance social, impactando diretamente o engajamento, a retenção de talentos e a reputação.
- Pilar “G” (Governança): Relaciona-se à responsabilidade da liderança em garantir políticas eficazes de bem-estar, canais de denúncia funcionais e supervisão ativa sobre o clima organizacional.
Empresas que negligenciam esses riscos enfrentam litígios, perda de valor de mercado e afastamento de investidores conscientes.
O papel do BemLab na integração estratégica
O BemLab é uma ferramenta inteligente que apoia empresas na gestão proativa dos riscos psicossociais. Ele permite:
- Mapeamento e monitoramento: Identifica perigos psicossociais com base nos requisitos das normas ISO.
- Geração de insights acionáveis: Orienta ações que contribuem para os ODS e fortalecem o pilar Social do ESG.
- Transparência e Compromisso: Produz relatórios que demonstram diligência e responsabilidade, valorizando a empresa perante investidores e stakeholders.
Conclusão
A gestão de riscos psicossociais deixou de ser opcional — tornou-se um pilar estratégico. Integrá-la às Normas ISO, aos ODS e aos critérios ESG é investir em saúde, reputação e longevidade empresarial. Com o apoio do BemLab, as empresas podem transformar cuidado em vantagem competitiva, construindo ambientes mais humanos, éticos e sustentáveis. O futuro exige ação consciente — e ele começa agora.
Sobre a Autora
Vilma Maria dos Santos é psicóloga (CRP 06/92419), CEO da Nexus Psicologia Organizacional e cocriadora do BemLab – Sistema de Gestão dos Fatores Psicossociais no Trabalho. Com sólida experiência em psicologia clínica, gestão pública e desenvolvimento organizacional, atuou em empresas de grande porte como a Petrobras e em projetos estratégicos nas prefeituras de Mauá e Diadema. Especialista em Coaching Sistêmico e Constelação Familiar e Organizacional, dedica-se há mais de três décadas à promoção da saúde emocional, da equidade e da transformação de ambientes de trabalho em espaços mais humanos, éticos e sustentáveis.



